quarta-feira, 2 de novembro de 2011

The Outsider


Se eu fosse escrever um livro sobre mim, chamá-lo-ia assim. É um título excelente. Pena que já foi usado... Existe um outro livro, que não li, mas guardei o título porque gostei dele. Eu compro livros por títulos.
Usar um título de outro poderia ser banal, poderiam me acusar de plágio. Mas, pensando bem, se eu fosse escrever um livro sobre mim, ele teria que ser inteiramente baseado no plágio pra ser coerente comigo. Plagiaria do início ao fim.
Diria que sou o avesso do avesso do avesso, que em mim a tristeza sempre foi esparsa e o remorso nunca deixou de ser vão. Justificaria o plágio por fim afirmando que a repetição é a única forma de se escrever pois quais são as palavras que nunca são ditas?
Falaria que minhas preocupações são esquisitas. Confessaria no livro que agora mesmo, enquanto escrevo esse texto, minha maior preocupação é o fato de naturalmente (e talvez inconscientemente) estar usando tantos verbos no futuro do pretérito e nesses tempos subjuntivos que servem pra indicar as coisas que seriam mas que não serão e analisar assim o que aconteceria caso elas acontecessem. Ora se não é essa apenas mais uma manifestação da coerência entre o texto e o tema! Eu tenho mesmo vivido no futuro do pretérito.
Esse texto ia ser longo... Passou o sopro de escrever, vou ter que parar por aqui. As palavras que iriam preencher o resto dessa tela, não vão mais fazê-lo. Também elas seriam mas não serão. Permanecem assim no seu mundo, que é etéreo e eterno.

domingo, 4 de setembro de 2011

Passaram 10 anos desde o 11 de setembro.


As vezes quando vou escrever a data eu paro e fico pensando sobre mim escrevendo a data. É natural que as pessoas pensem um pouco pra saber se hoje é 26 ou 27 de dezembro mas comigo o que ocorre é que eu não sei se é dezembro ou novembro, as vezes até se vivo em 2011 ou em 2010. Os dias passam e meramente passam.
Se me perguntas ligeiro quantos anos tenho, o meu primeiro pensamento é “em que ano estamos?” o segundo é “já fiz aniversário esse ano?” depois segue uma conta breve e eu te digo a minha idade. Se amanhã me pergunta novamente, tenho que fazer outra conta...

sábado, 3 de setembro de 2011

O Sol nasce para todos

P.S. (pre-scriptum) : O título é o título de um filme. Coisa de velho. Nunca assisti, não sei do que é, mas acho que o nome soa muito bem. Outro filme que ficaria ainda melhor no título seria "Crepúsculo dos deuses", mas a palavra crepúsculo tem um significado diferente nesses dias. Eles deveriam ter traduzido o filme dos vampiros como "Lusco-fusco", salvando assim o termo crepúsculo para o seu significado usual. Mas acho que lusco-fusco não é uma palavra muito jovial... Perdemos o crepúsculo, temos ainda o pôr do Sol.

S (scriptum): Há alguns meses eu postei aqui uma foto do pôr do Sol na estrada que achei bonito:
Percorria tranquilo e calmo os 120 km entre Recife e Caruaru naquele dia sem pensar que a cerca de 370 km acima de mim (vejam só, somente 3 vezes a distância Caruaru-Recife!) havia esse pessoal da Estação Espacial Internacional (ISS) que por acaso também achava o pôr do Sol bonito. Eles por outro acaso também tinham uma câmera e assim como eu tiraram o olho da estrada (no caso da órbita terrestre) para bater a chapa. Valeu a pena:
Existem mesmo referênciais privilegiados.

P.S. (post-scriptum): a foto tá em alta resolução. Dá um wallpaper jóia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Drink do Alce

Servido no Alce
Estamos agora trabalhando no novo conceito de drinks alcoólicos a base de café. Esse ai leva menta na composição. O Drink do Alce. Servido no Alce. Eu gosto do Alce.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu que me vou no sumidouro do espelho


Teve um dia que fiz eu mesmo um relógio pra pendurar em minha parede. A coisa é que eu não queria um redondo, eu queria que fosse quadrado. Então ele ficou desse jeito:

 
Mas por conta da sua forma peculiar, algumas horas pareciam demorar muito mais do que outras pra passar. 12-1 era rapidinho mas 3-4 era uma eternidade...

-Eu acho que é isso que eles querem dizer quando falam em deformação no espaço-tempo
-Não seja um idiota, isso não tem nada a ver com relatividade, isso é meramente geometria.
-Bem, mas eles também dizem que relatividade tem a ver com geometria, em um sentido muito mais profundo...
-Você é doido!
-We're all.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Visita às bestas do zoológico

“Sea World is better. It has Shamu which is literally tons of fun”
- Dr. Sheldon Cooper

Influenciado pela frase acima, hoje fomos ao Zoológico (fomos nós dois, meu juízo e eu).
Até hoje tinha ido somente uma vez no Dois Irmãos, quando era pequeno com uma excursão do colégio. Lembro-me de pouca coisa porque faz muito tempo, mas lembro que uma coisa tinha me impressionado muito naquela visita: a barra de ferro que eles usam pra delimitar a região onde o público pode ficar.
Lembro-me que aquela barra pra mim era o que podia haver de mais intransponível no mundo. A partir do meu ponto de vista de 1 metro e pouco, aquela barra de ferro era um obstáculo extremo, o máximo que alguém poderia inventar em matéria de delimitação!

Hoje essa barra não me parece mais tão desafiadora assim... Na verdade fiquei até meio desapontado quando a vi novamente porque na minha memória tratava-se de um cano de ferro espesso com umas 5 polegadas de diâmetro, uma coisa muito robusta, de modo que quando eu notei esse caninho ¾ enferrujado eu percebi o quanto a realidade é distorcida aos olhos de uma criança. Ou talvez a distorção seja para o adulto...
Na verdade eu cresci um bocado desde a minha última visita ao Zoo! Agora eu já ganho do Hipopótamo, mas infelizmente o Camelo e o Elefante ainda me vencem...
No zoológico existem vários bichos da mata. Tem diversas jaulas. Acontece que existem bichos que se escondem. Talvez por sono, talvez por tédio, talvez eles não se preocupem com o porque de se esconderem. Mas o fato é que tem jaulas que dá muito trabalho de se achar o bicho que tá nela. Teve uma jaula de um gato especial lá que eu passei uns bons 6 ou 7 minutos determinado a achar o animal, procurando detalhadamente em cada mínimo espacinho do chão e dos galhos, até chegar o Posso Ajudar - Guia do Zoológico pra me dizer muito educadamente que a jaula estava vazia porque o bicho tinha ido embora! Custava colocarem um aviso? Atenção visitantes: jaula vazia, o gato saiu.
Esse é o gato que eu estava procurando, nós temos hábitos em comum:
Mas a motivação principal de eu ter ido ao zoológico hoje é que queria encontrar o meu bicho favorito, a Lontra. A Lontra é um animal muito especial. Ela é toda auto-contida. Ela é esguia e muito versátil! Eu gosto muito da Lontra. Além de tudo ela tem um ótimo nome, a Lontra. Ai está ela:
Observe como ela é especial:
Ela cresceu muito desde a última vez que nos vimos. E também está mais gordinha. Pude notar em uma hora que ela ficou nadando com a barriga pra cima.
É mesmo um bicho muito versátil, a Lontra. Observe nessa imagem como ela pode operar tanto na água como na terra:
Vizinho da Lontra ficam uns Quatis e na outra jaula é o Leão:
Como ele é o rei da selva ele tem direito à jaula maior de todas, sendo que parecia que hoje ele não tinha ido:
Fiquei achando que ele não estava hoje até que ouvi um barulho alto (barulho de Leão), e ai resolvi procurá-lo mais calmamente já que agora eu tinha uma motivação pra acreditar que a procura valia a pena. Acabei achando ele atrás da jaula, escondido por ali:

Mas na verdade o Leão é um bicho de importância menor. Qualquer pessoa séria que compare os animais entende que a Lontra é muito mais desenvolvida. O dono da lanchonete deve ser uma pessoa séria:
Na saída deparei-me com esse perigoso animal com um aviso pra lembrar que a realidade (e as possibilidades) são mesmo muito singulares para as crianças:
Eu realmente não estava com vontade.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Any Colour You Like: Yellow to Blue

Outra viagem pela Route 232 a rodovia mais espetacular do país! As vezes quando ouço uma música pela primeira vez e gosto muito dela, acontece de eu gravar permanentemente todas as impressões sensoriais daquele momento em que descobri a música. Nessa viagem ouvi pela primeira vez uma música chamada Rain, dos Beatles. Agora, todas as vezes que ouvir novamente essa música, vou lembrar daquele céu.


The Beatles - Rain (trecho)

If the rain comes they run and hide their heads.
They might as well be dead,
If the rain comes, if the rain comes.
When the sun shines they slip into the shade,
And sip their lemonade,
When the sun shines, when the sun shines.
 P.S.: Recomenda-se fortemente não dirigir e fotografar ao mesmo tempo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Breve léxico de palavras incompreendidas: portabilidade

É poder fazer café dentro do meu quarto. Nada mais de ter que atravessar a sala e ir até a cozinha.


Coffee Anywhere.

domingo, 3 de julho de 2011

Green to Gray

Recife - Caruaru. Viajo muito sozinho. Viajo muitas vezes sozinho. Viajo muito quando viajo sozinho.


Pink Floyd - Any Colour You Like

segunda-feira, 27 de junho de 2011

EXTRA: Carro-bomba avistado em Caruaru

Os meus amigos andarilhos em lua-de-mel na Argentina precisam saber disso...

Caruaru, Brasil - Nossos correspondentes internacionais na Rua da Matriz registraram a passagem de um carro-bomba com grande capacidade explosiva. Segue a imagem:


De acordo com técnicos da agência governamental CABOOM (Caruaru Anti-Boombas), a ogiva carregada pelo veículo tem enorme poder de destruição. Abaixo segue um trecho dos cálculos presentes no relatório da CABOOM em que a potência explosiva da bomba é comparada com a de uma ogiva padrão para testes em sistemas em escala reduzida (peido-de-véia, como informado por maloqueiros locais):

O paradeiro do veículo ainda é desconhecido. Alguns passantes afirmam tê-lo visto subindo a rampa de um certo Morro do Bom Jesus. Caso alguém disponha de informações adicionais, comunique às autoridades locais clicando no link Comentar abaixo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

UFPE às 12:30 da tarde de uma quarta-feira

Eu faço física e física até mais tarde
E tenho muito sono de manhã

UFPE às 02:30 da madrugada de uma quarta-feira.

Existe uma gangue de timbus que domina as lixeiras da faculdade nesse horário. Também existem diversos tipos de animais barulhentos como grilos, cigarras e outras espécies zuadentas desconhecidas. Não existe mais quase nada.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Under the same sun


 
'cause we all live under the same sun
We all walk under the same moon
Then why, why can't we live as one

Sometimes I think I'm going mad
We're loosing all we had and no one seems to care
But in my heart it doesn't change
We've got to rearrange and bring our world some love
 (Scorpions - Under the same Sun)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Wanted Dead or Alive

Na verdade acabo de lembrar que esse não é o meu primeiro blog. Eu tinha outro, sendo que perdi. Aliás essa é uma característica muito importante em mim: eu esqueço. O que eu fiz antes de ontem está completamente perdido na minha cabeça, em algum lugar entre a imensidão e a eternidade.

Se alguém achar o meu outro blog, por favor avise. Era meio vermelho e tinha uma figura de um planeta na primeira postagem. O nome e o endereço eu não lembro mais.

Antecipadamente grato,


Marcel.

Sem título 01

Boa noite. Tecnicamente já é madrugada e nunca soube ao certo qual o cumprimento a ser usado no período compreendido entre 0:00 e 06:00. Tecnicamente isso também não é muito relevante pois os leitores (estou usando o plural pois assumo a priori que alguém além de mim pode eventualmente ler esse blog) podem ver essa postagem a qualquer momento do dia e isto está fora de meu controle. Tecnicamente eu não estou 100% sóbrio agora.

Boa noite.

Por vezes vou postar uma foto qualquer de algo que eu tenha visto de interessante no meu dia. Eu costumo ver muitas coisas interessantes nos meus dias! A questão é que nem todos os dias são meus... Mas alguns são muito meus. Sendo que as coisas interessantes podem surgir a qualquer momento, em qualquer dia, nos meus dias e nos dias comuns, por isso manterei câmeras por perto.

Esta é a minha foto de hoje:


Existe um café e uma música nessa foto. Pouca luz porque a visão era um sentido secundário nesse momento. Paladar, aroma e audição eram essenciais e ao desligar a luz os outros sentidos são realçados. Funciona muito bem com o café.

Não sei se vou ter vontade de por alguma descrição sobre as fotos. Talvez a descrição atrapalhe. Talvez já tenha atrapalhado na foto anterior, mas vou deixar essa por enquanto porque é a primeira.

Boa noite.